sábado, 17 de novembro de 2007

Hoje não tem pronome!

Nada mais de falar de ninguém. Agora escrever é não ter mais que centralizar alguém. Nem a quem produz, nem a quem se espera que leia.
Parou esse negócio de garoto gentil. De menina carente. De filho necessitado. O modo impetuoso é ter frieza, esquecer qualquer ser que ouse roubar a realeza das palavras. Não tem lua, não tem foto, não tem amor. Nada de gente.
Não há hoje quem roube a fidelidade das letras.
Mas que coisa... Sem pronome fica pobre, vazio. É como encolher-se num canto escuro do quarto e chorar escondido.
Mas quem chora? Vacilei, perdi minha crônica. Alguém apareceu!


Luiza Machado Vasconcelos Matos Cavalcante

2 comentários:

Carlos Eduardo Sampaio disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Carlos Eduardo Sampaio disse...

Se alguém apareceu, eu sugiro fazer dele protagonista da crônica e no fim tramar a sua morte.