quarta-feira, 18 de junho de 2008

Dolorosamente (parte 4)

Como a empregada só se deu conta que a filha mais nova do senhor também estava em casa horas depois do acontecido, ela também poderia ter alterado a cena do acidente, até porquê a menina diz que ao acordar e encontra-se com a doméstica limpando o banheiro, a mulher teve uma reação de susto. Então ela pôs-se a imaginar qual o motivo daquela reação. Mas a notícia de que seu pai estava ferido veio quase imediatamente.

O genro do idoso tinha conhecimentos criminalista e já havia trabalhado como detetive alguns anos da sua vida, então interessou-se pelo caso.

terça-feira, 10 de junho de 2008

Dolorosamente (parte 3)

Os pontos, agora, colocados em sua cabeça fechavam à marca do acidente.
Ele não mais se recusava a falar sobre o acontecido, mas a verdade não parecia estar presente na descrição.
O senhor já idoso disse ter se cortado com uma faca que estava sobre o armário ao tentar pega-la para cortar uma fruta, pois tinha muita fome. Percebeu quando ela escorregara sobre sua cabeça, mas por causa do seu estado de sonolência, não deu relevância ao corte e voltou ao sono ainda com fome.
A doméstica da casa em que ele mora diz que quanto chegou, pela manhã, as 7h, reparou no rosto do seu patrão, assustou-se, mas não compartilhou o acontecimento com ninguém, pois julgava estar sozinha. Ela percebeu as marcas de sangue pelo quarto do senhor idoso e também pelo banheiro do closet, mas não registrou sangue pela cozinha.
As duas histórias não coincidiam.

Agora que já estava tudo remediado, os filhos do idoso não se conformariam em ficar sem respostas. Iriam até onde fosse preciso para saber de toda a verdade.

domingo, 8 de junho de 2008

Dolorosamente (parte 2)

Era mais complicado do que se previa, desfazer todo o imprevisto.
Os filhos reuniram-se na sala em busca de um mesmo objetivo: levá-lo ao hospital!
Mas ele estava imbatível, recusava-se a todo custo.
Gritos, choros, e nada. Enquanto isso o sangue de seu rosto continuava a transbordar.
O tempo ia passando e nenhum progresso quanto a situação acontecia.
Uma filha, após doar todas as suas forças e sua capacidade de convencimento desistira.
O outro filho largara-se sobre a cama e apenas aguardava.
A menina mais nova, ainda apreensiva, conformava-se.
O dia já estava caindo.
E inesperadamente surge a ultima esperança, a mãe das crianças consegue levá-lo ao hospital apenas com um pedido. Será que há um sentimento camuflado no coração daquele homem ferido?
Tudo vai bem. Acontece uma pequena cirurgia e já podemos raciocinar tranqüilamente.
O que realmente teria acontecido? Essa é a pergunta que insiste na cabeça de quase todos, com exceção do acidentado, que nessa hora ainda estava impossibilitado de dar explicações.

segunda-feira, 2 de junho de 2008

Dolorosamente (continua)

-Bom dia!
-Menina, eu estou preocupada, há muito sangue pelo corpo dele.
- Como é que é? O que houve?
A calma é fator importantíssimo nesses momentos.

Fui examinar com cautela o acontecido.
Havia realmente bastante sangue nele. Estava despido e jogado sobre o dormitório.
Aguardamos que ele despertasse de seu sono para olharmos cuidadosamente o corte.
Era realmente mais grave do que imaginava, profundo.
Mas como tudo teria acontecido? Certamente isso não era o mais preocupante naquela hora.
O tumultuo estava formado, agora não tinha mais como escapar de toda a algazarraza.





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