domingo, 8 de junho de 2008

Dolorosamente (parte 2)

Era mais complicado do que se previa, desfazer todo o imprevisto.
Os filhos reuniram-se na sala em busca de um mesmo objetivo: levá-lo ao hospital!
Mas ele estava imbatível, recusava-se a todo custo.
Gritos, choros, e nada. Enquanto isso o sangue de seu rosto continuava a transbordar.
O tempo ia passando e nenhum progresso quanto a situação acontecia.
Uma filha, após doar todas as suas forças e sua capacidade de convencimento desistira.
O outro filho largara-se sobre a cama e apenas aguardava.
A menina mais nova, ainda apreensiva, conformava-se.
O dia já estava caindo.
E inesperadamente surge a ultima esperança, a mãe das crianças consegue levá-lo ao hospital apenas com um pedido. Será que há um sentimento camuflado no coração daquele homem ferido?
Tudo vai bem. Acontece uma pequena cirurgia e já podemos raciocinar tranqüilamente.
O que realmente teria acontecido? Essa é a pergunta que insiste na cabeça de quase todos, com exceção do acidentado, que nessa hora ainda estava impossibilitado de dar explicações.

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