quinta-feira, 22 de novembro de 2007

Artéria

Passo mais tempo que o de costume dentro do carro. Depois de uma noite surpreendentemente barulhenta estou gravando minha voz, minha impostação. Não é muito animadora.
Lembro de ter parado naquele sinal e... Chorado! Choro rápido. Mas aconteceu. Que ridículo! Só sei que senti um medo, um vazio, uma necessidade. É como se sempre estivesse preenchida, mas agora... Já não estava tão completa.
Parece que o carro está em movimento, mesmo desligado, parado. Ou será minha cabeça, que antecipa as tonturas e dores da doença que, provavelmente, vai me calejar.
Mas o que estou pensando? Será que estou agindo de forma totalmente errada? Será que estou me resumindo demais?
Por um momento parei no drive-trum e aquele atendente, até então desconhecido para mim, demonstrou certa ternura. Não era isso que eu esperava.
Agora estou “varada” de fome. Devoro toda essa comida gordurosa. Seguro o mp3 com dois dedos.
Caramba! O que era aquilo? Mas que susto! Será o que estou imaginando?
Via uma mão segurar o portão, em meio aquela completa escuridão. Tinha listras brancas na altura da cintura. Parecia já estar ali a tempos. Era o que eu já desconfiava... Será que ele havia escutado os meus dizeres mais particulares?
E o término? O que será que aconteceria... ? Alguém pode continuar? Tem quem se interesse em continuar minha vida? Alguém pode me emprestar o mais incrível livro de aventura para que eu me surpreenda com alguma coisa?! Ou pode ser um de terror, para que eu fique ainda mais apreensiva. Não, isto não seria uma boa idéia. Mas serve um romance, em que ao me deleitar possa me encontrar totalmente. Será que alguém gostaria de continuar essa história por mim? Por favor!
...




Conheça-me!
Descubra quem eu realmente sou. Mas não se apavore.
Acompanhe minhas variações, que não são poucas.
E se possível, continue me amando.

Luiza Machado Vasconcelos Matos Cavalcante

2 comentários:

Unknown disse...

Meu diagnóstico: o hamburguer do habib's te fez mal.

viajem lôôôÔÔcaaaaaa!!!!!

de toda forma, a gente te ama, lu!

ou, pelo menos, te suporta por interesses unicamente egoístas.

Carlos Eduardo Sampaio disse...
Este comentário foi removido pelo autor.