quarta-feira, 30 de abril de 2008

Inevitável pensamento

O tempo passa realmente rápido!Então, quero descobrir o que é bom enquanto há tempo.Continuar a reclamar, mas aproveitar mais os acontecimentos.Dirigir mais, cantar alto, me deixar descabelar, tirar mil fotos por dia. Mas tudo isso, se houver sorriso sem vergonha, sem vergonha de ser feio ou torto. Vou envelhecer. E então pensarei no que vivi. Será que vou ver o tempo escorrer pelos pés e me deixar com água na boca de quando podia ter curtido mais os momentos? Será que vou ter a mesma sensação de quando olho a minha mãe e penso: cansada, essa menina linda.Como eu queria ter visto seu corpo jovem desfilando pelas ruas da cidadezinha e ela a conversar com os conhecidos. Será que ousava ou se reservava? Do jeito que é, devia ser como minha irmã, amar viver. Mas e depois? Por que hoje não ver muitos motivos pra se valorizar? Perdeu o gosto por si?Eu não quero chegar na fase do “tanto faz”. Ter mais um amigo: “tanto faz”. Ir ao cinema: “tanto faz”. Escrever: para que? O que penso já, já passa. Isso é não quero, não aceito!Temos que aperfeiçoar nossos gostos. Explorarmos nossas qualidades. Não maquiar os defeitos, eles sempre vão existir. Mas exibi-los menos e descobrirmos mais qualidades. São elas que nos animam.


Luiza Machado Vasconcelos Matos Cavalcante

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