quinta-feira, 8 de maio de 2008

Outro olhar sobre o caso Isabella Nardoni

Réus sim! Culpados?

Falam que o pai e a madrasta teriam lesionado e em seguida, levados por uma causa ainda desconhecia, matado Isabella de forma fria e sem nenhum pudor moral. Talvez tudo que se tem dito sobre o caso da pequena Nardoni seja a pura e simples verdade. Ou talvez nada que se tem revelado seja verídico, pois tudo pode se tratar de uma obviedade que a policia preferiu perceber. Tudo que seja muito evidente, creio eu, merece mais atenção e investigação, talvez pelo rumo seguido, pela linha de investigação, se tenha chegado a essa conclusão. Não podemos esquecer que a polícia fez somente um caminho de investigação. Não faço aqui uma defesa do casal, que ontem já se tornou réu do caso, mas sim uma defesa da justiça. Não devemos julgá-los pela obviedade, devemos esperar que não haja mais defesa alguma para podermos chamá-los de culpados, e isso só poderá ocorrer quando o conselho do júri assim o fizer.

Anderson Cidral - Estudante de Direito, 3o semeste, da Universidade de Fortaleza - Unifor.

4 comentários:

Luiza Matos disse...

É interessante a abordagem do outro ponto de vista, praticamente esquecido durante a investigação do caso.
Sugiro que continue escrevendo mostrando de q forma poderia ter sido pensado outro estudo sobre o acontecido com a pequena Nardoni. Afinal, você leva jeito pra coisa!
Luiza Matos.

Carlos Eduardo Sampaio disse...

A equipe que investigou o crime é muito competente; se somente tomaram o caminho de que o casal matou a menina, foi porque a outra tese de um terceiro homem na cena é totalmente inverossímil. Se tivesse o menor indício de uma terceira pessoa com certeza os competentes profissionais teriam olhado com atençao.

Anônimo disse...

^^^^Em resposta^^^^:
Não quis com o meu simples texto criticar o trabalho da polícia científica de SP (até creio que seja a melhor do país), pretendi fazer uma critica a toda a população que não possui conhecimento jurídico suficiente para entender a diferença entre, suspeito, réu e culpado. No caso dos nardoni, logo nos primeiros dias de investigação os agentes do processo jurisdicional (promotor e delegado) se colocaram como reféns da mídia, praticamente tirando os nardoni da qualidade de suspeitos e colocando-os na qualidade de culpados, com os seus depoimentos aos repórteres muito antes do resultado de qualquer laudo técnico. Não culpo a mídia por isso, mas sim as autoridades competentes que faltaram com o seu dever. Qualquer pessoa, independente do crime, possui direitos baseados nos princípios da ampla defesa, inocência e intimidade. A intenção de minha critica não é no sentido da falta de conhecimento da população, mas sim pelo fato de que uma pessoa ser processada por clamor público é um retrocesso. Irei repetir o que realmente quis dizer no meu texto, qualquer pessoa só é considerada culpada quando o júri decidir. Por mais evidente que seja as provas, ninguém pode chamá-los de culpados, talvez eles nem se tornem, pois isso é o júri que decidirá e não o clamor público. Não sei se vocês recordam do assassinato de uma freira no estado do Pará, mas o acusado de ser o mandante do crime foi inocentado pelo júri semana passada. Esse fato foi vastamente divulgado por um longo período na mídia, claro que sem tanta intensidade como no caso nardoni, e todos já o chamavam de culpado e no final das contas ele foi absolvido. O principio da intimidade no caso nardoni é o menos respeitado!

Carlos Eduardo Sampaio disse...

Brilhante Anderson. O convido a quando puderes escrever no meu blog - Jornalistas. Não atirem!- Poderia ser sobre o seu curso de direito ou outro qualquer tema. O link do meu blog se encontra aí do lado no blog da nossa querida Luiza.